15 de jul. de 2010

Hiperextensão do quadril: uma nova incidência radiográfica na epifisiólise femoral proximal


A epifisiólise é uma afecção caracterizada pelo “enfraquecimento”
da placa de crescimento, que propicia
o escorregamento epifisário proximal do fêmur (EEPF)
em relação ao colo. Os autores apresentam uma nova
incidência radiográfica nesses quadris, idealizada por
José Carlos Lopes Prado. O paciente é posicionado em
decúbito ventral, com o quadril hiperestendido e a direção
do feixe de raios X se faz de posterior para anterior.
Com isso, conseguem comprovar que a epífise nos
casos de escorregamentos crônicos progressivos escorrega
quase exclusivamente para posterior e perpendicularmente
ao grau de anteversão do colo femoral. O
conhecimento e a utilização desta técnica têm implicação
direta no adequado planejamento terapêutico das
epifisiolisteses.A epifisiólise ou escorregamento epifisário proximal do
fêmur (EEPF) é uma doença que ocorre no período pré-puberal
ou puberal da criança. A afecção, de etiologia desconhecida,
é caracterizada pelo “enfraquecimento” ao nível
da camada hipertrófica da placa de crescimento, o que propicia
que a epífise se desloque de sua posição anatômica
normal em relação ao colo femoral. Clinicamente, o escorregamento
pode apresentar-se nas formas aguda, crônica
ou crônica agudizada.
Posição
O paciente é posicionado na mesa de raios X, em decúbito
ventral (pronado). Elevamos a bacia no lado oposto ao
comprometido, devido à atitude de rotação externa do membro,
até que a coxa esteja neutra ou em discreta rotação
interna. Para auxiliar neste posicionamento do quadril, fletimos
o joelho e, quando a perna estiver perpendicular à
mesa, o fêmur estará em rotação neutra. Executa-se, a seguir,
a hiperextensão do quadril em relação ao plano da
mesa de exame.
O feixe de raios X, após esse posicionamento, deve incidir
perpendicularmente à mesa, possibilitando a imagem
do contorno epifisário real, tal como seria observado na
projeção ântero-posterior clássica de um quadril normal.
Nessa incidência em hiperextensão, o que importa é a
colocação do fêmur proximal absolutamente de frente, não
importando se, para o posicionamento correto, a bacia se
encontre em extensão, elevação e/ou rotação.

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