25 de out. de 2012

Tomografia Computadorizada "OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO)"


A avaliação de perda auditiva ou tiníto quase sempre inclui a investigação do osso temporal através de imagens.
Há uma grande variedade de processos de doenças congênitas e adquiridas que podem envolver as estruturas da orelha interna, média e externa, assim como a cisterna do ângulo pantocerebelar e a via auditiva do sistema nervoso central.
A perda de audição pode resultar de ume componente sensório-neuronal que envolve os tecidos moles, incluindo o nervo acústico, a partir da condução de som dos elementos osteocartilaginosos e definida como perda de audição condutiva, ou pode ser mista.
O tiníto esta associado a uma patologia, podendo, as vazes, estar relacionado com perda de audição.
RECOMENDAÇÕES PARA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA:
Tanto axial como coronal, obtida em seções contínuas de 1mm através de toda porção petrosa do osso temporal;
Campo de visão é mantido de 16cm;
Investigação em algoritmo de janela óssea;
Na maioria das vezes o contraste IV não é necessário.















OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO)
•ORIENTAÇÃO INFRA ÓRBITOMEATAL:
•POSICIONAMENTO:
•Paciente em D.D, com a cabeça apoiada no suporte para crânio, voltada para o gantry, o laser que acompanha o plano transverso alinha as órbitas direita e esquerda, o laser do plano sagital alinha o crânio em direito e esquerdo e o laser coronal alinha a altura do paciente.
•ESPESSURA DE CORTE:
•1mm de espessura;
•1mm de espaçamento.
•Aquisição Volumétrica
•ORIENTAÇÃO NA PROGRAMAÇÃO DE CORTE:
•Base superior da órbita início dos cortes;
•Final das células airadas da mastóide final dos cortes;












•ALTA KILOVOLTAGEM: 140(KVP);
•ALTA MILIAMPERAGEM: 260 (MA);
•TEMPO LONGO:1 segundo por aquisição
•ALTA RESOLUÇÃO DE IMAGEM;
•MINIMIZAÇÃO DE ARTEFATOS;
•VISUALIZAÇÃO DO PARÊNQUIMA:
•WW 150 A 250;
•WL 40 A 50.
•VISUALIZAÇÃO DO OSSO:
•WW 2500;
•WL 250.


23 de out. de 2012

Pielonefrite



A infecção dos rins acontece de duas maneiras. A principal via é a ascendente, quando bactérias da bexiga alcançam os ureteres e conseguem subir até os rins. Isto ocorre normalmente nas cistites não tratadas ou nos casos de colonização assintomática da bexiga por bactérias. Nem todas as pessoas relatam sintomas de cistite antes do surgimento da pielonefrite.




O segundo modo de infecção dos rins é pelo sangue, quando a bactéria em algum local do corpo, com nos casos de infecção da pele, viaja pela corrente sanguínea e se aloja no rim. Este tipo é bem menos frequente do que pela via ascendente.

A pielonefrite é um caso potencialmente grave, já que estamos falando da infecção de um órgão vital. É um quadro que pode ter gravidade semelhante a uma pneumonia. Se não tratado a tempo e corretamente, pode levar a sepse e morte.



Infecção urinária
Além da cistite, que é o principal fator de risco, existem outros fatores que facilitam a infecção dos rins. Podemos citar o uso de cateteres vesicais (algália), cirurgias urológicas, anormalidades anatômicas do trato urinário e doenças da próstata que causam obstrução do fluxo da urina.

O diagnóstico da pielonefrite é feito através dos sinais e sintomas clínicos e dos exames de sangue e urina. Através da cultura de urina (urocultura) é possível identificar a bactéria responsável pela infecção e indicar o melhor antibiótico.

Não se deve pedir exames de urina para procurar bactérias se não houver sintomas de infecção urinária.

A presença de bactéria na urina é chamada de bacteriúria e não significa necessariamente alguma doença. Temos bactérias que colonizam várias partes do nosso corpo como boca, pele e intestino e não causam doença. O mais comum é termos uma urina estéril, ou seja, sem bactérias, porém, a simples presença destas, sem sintomas, não faz diagnóstico de infecção.

Não há como saber de antemão quais pessoas com bactéria na urina vão desenvolver cistite ou pielonefrite. Como a recolonização é muito comum, se formos tratar com antibióticos toda vez que houver bactérias na urina, estaremos facilitando o desenvolvimento de bactérias resistentes.

Portanto, NÃO SE TRATA BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA, uma vez que a mesma não indica doença. O correto é tratar o paciente e não um resultado laboratorial.

Existem 3 exceções a esta regra, onde a bacteriúria assintomática está associada a um maior risco de pielonefrite:

- Mulheres grávidas: A presença de bactérias nas uroculturas aumenta o risco de pielonefrite, parto prematuro e recém-nascidos com baixo peso.

- Antes de procedimentos urológicos: Pacientes que serão submetidos a cirurgias ou procedimentos urológicos, devem tratar sua bacteriúria, uma vez que esta conduta reduz o risco de bacteremia e sepse pós-operatória.

- Pacientes imunossuprimidos.

Sintomas da pielonefrite

Os sintomas típicos da pielonefrite são febre, dor lombar, náuseas e vômitos. Podem haver também sintomas de cistite como dor ao urinar e vontade de ir ao banheiro com frequência, mesmo quando a bexiga está vazia. Outro sinal comum é a presença de sangue na urina (hematúria), que se apresenta normalmente como uma urina cor de Coca-Cola.

A pielonefrite é clinicamente dividida em 3 categorias:

- Pielonefrite aguda não complicada
- Pielonefrite aguda complicada
- Pielonefrite crônica

1) Pielonefrite aguda não complicada

Ocorre normalmente em mulheres jovens, sem antecedentes de doenças ou alterações na anatomia urológica.

O quadro clínico é de febre alta, calafrios, náuseas, vômitos e dor lombar. Os sintomas de cistite como ardência ao urinar podem ou não estar presentes.

Assim como nas cistites, a principal bactéria causadora de pielonefrite é a Escherichia coli.

Só há necessidade de internação em casos mais graves. Se o paciente tiver bom estado geral e for capaz de tomar antibióticos por via oral, o tratamento pode ser feito em casa.

2) Pielonefrite aguda complicada

A pielonefrite complicada é aquela que evolui com abscesso renal ou peri-renal, ou ainda necrose da papila renal.

Normalmente ocorre em pessoas com obstrução do trato urinário, bactérias resistentes aos antibióticos e em diabéticos.

O quadro clínico é igual ao da pielonefrite não complicada, porém apresenta pouca resposta aos antibióticos. Outra possibilidade é uma resposta apenas parcial com melhora do quadro mas com fadiga, mal estar e náuseas que duram por vários dias.

Pielonefrite que não melhora após antibioticoterapia apropriada deve ser estudadas com exames de imagens como tomografia computadorizada e ultra-som (ecografia).

3) Pielonefrite crônica

A pielonefrite crônica é um quadro de infecção urinária recorrente associada a má-formações urinárias, obstruções por cálculo renal ou refluxo vesico-ureteral (refluxo da urina da bexiga de volta para o ureter e rins). Costuma levar a insuficiência renal crônica, principalmente em crianças com refluxo urinário.

Qualquer quadro de infecção urinária deve ser sempre tratado com antibióticos. Medicamentos ditos "naturais" podem proporcionar alívio temporário, porém, apenas postergam o tratamento correto do problema.

Complicações da pielonefrite

Como já referido, se a pielonefrite não for tratada corretamente com antibióticos, existe um risco grande de evolução para sepse grave e óbito.

22 de out. de 2012

As profissões de Técnico e Tecnólogo em Radiologia

Atribuições do Tecnólogo em Radiologia

A resolução do CONTER nº. 02/2012 institui e normatiza as atribuições, competências e funções do Tecnólogo em Radiologia. A seguir, conheça todas as atribuições e o posicionamento deste profissional no mercado de trabalho:


- No setor de diagnóstico por imagem, realizar procedimentos para aquisição de imagens através da operação de equipamentos específicos, nas áreas e sub-áreas definidas nos artigos 2º e 3º da Resolução;


- Coordenar e gerenciar equipes e processos de trabalho nos serviços de Radiologia e Diagnóstico por imagem;


- Elaborar e coordenar a execução do plano de gerenciamento de resíduos de saúde na Radiologia e Diagnóstico por imagem;


- Estimular, promover e desenvolver as pesquisas científicas inter e multidisciplinar;

- Realizar supervisão de proteção radiológica em instalações e ambientes clínicos e hospitalares;


- No âmbito dos serviços de diagnóstico por imagem, radioterapia e medicina nuclear:


1. Gestão, implementação e execução do Programa de Garantia e certificação da qualidade dos serviços de radiologia;
2. Gestão, implementação e execução do Serviço de Proteção Radiológica;
3. Elaboração, implementação e execução do Plano de gerenciamento de tecnologias em saúde em estabelecimentos de radiologia;
4. Supervisão de estágio de estudantes das áreas de técnica e tecnologia em radiologia;
5. Gestão, implementação e execução do Programa de Gerenciamento de Resíduos em serviços de radiologia;
6. Realização de dosimetria.


- Passa a ter atuação privativa do Tecnólogo em Radiologia, no âmbito dos serviços de Radiologia Industrial:


1. Gestão, implementação execução do Serviço de Proteção Radiológica;
2. Definição e garantia do cumprimento dos protocolos utilizados no serviço, bem como as adaptações necessárias;
3. Treinamento do pessoal envolvido nos procedimentos radiológicos;
4. Orientação e supervisão das atividades da equipe no que se refere às técnicas e procedimentos de trabalho em situações normais e de emergência;
5. Verificação e validação dos resultados obtidos em ensaios radiológicos.


- É atribuição privativa do Tecnólogo em Radiologia a coordenação dos cursos de graduação em tecnologia em Radiologia;

- Atuar no âmbito da pesquisa com uso de radiação ionizante e não ionizante, nas áreas de bio-radiologia, microanatomia e microbiologia, com empregabilidade da nanotecnologia;

- Compor equipe de desenvolvimento nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, inter e multidisciplinar;

- Atuar no âmbito dos serviços de Radiologia Forense, colaborando e interagindo com outros profissionais nas áreas Forense e Jurídica, em processos e expedientes relativos à investigação e solução de crimes ou acidentes;

- Atuar nas funções de treinamento e "aplication", no âmbito da radiologia e diagnóstico por imagem;

- Prestar consultoria, realizar auditorias e emitir pareceres sobre matéria de âmbito das ciências radiológicas;

- Desenvolver e aplicar o POP - Procedimento Operacional Padrão, nos serviços de Radiologia.




Fonte: Revista CONTER.

Controle De Qualidade em Tomografia Computadorizada

Os CT´s estão sujeitos a todas as dificuldades de desalinhamento, descalibração e funcionamento defeituoso dos equipamentos de raios X convencionais. Eles ainda têm as complexidades adicionais de um gantry com múltiplos movimentos, um console interativo e um computador associado. Cada um desses subsistemas aumenta o risco de flutuação e instabilidade, o que pode acarretar na degradação da qualidade da imagem. Conseqüentemente , um programa de controle de qualidade (CQ) é essencial para cada tomógrafo . Tal programa deve incluir monitorações diárias, semanais, mensais e anuais, além de programa de manunteções preventivas.
Ruído e Uniformidade - Um objeto preenchido com água deve ser examinado semanalmente; o valor médio para a água deve estar entre + ou - 10UH em torno do zero. Além disso, a uniformidade entre o centro e a periferia.
Praticamente todos os CT´s atingem essas especificações de desempenho. Se o sistema for utilizado em CT quantitativa, no entanto, especificações mais rigidas são mais apropriadas. Quando esses testes forem realizados, deve -se variar um ou mais dos seguintes fatores: parâmetros de varredura do CT, espessura do corte, diâmetro de recpnstrução ou algoritmo de reconstrução.








Kit de Controle de qualidade para Tomografia Computadorizada

Linearidade – Testa-se a linearidade com uma imagem do objeto de cinco pinos da AAPM. A análise dos valores dos cinco pinos deve mostrar uma relação linear entre a unidade de Hounsfield e a densidade eletrônica. O coeficiente de correlação dessa relação linear deve ser de, pelo menos, 0,96%, ou 2 vezes o desvio padrão.
Convém realizar esse teste semestralmente. É particularmente importante para os sistemas utilizados em CT quantitativa, que necessitam de determinação precisa do valor do tecido em unidades Hounsfield.
Resolução Espacial – Monitorar a resolução espacial é o componente mais importante desse programa de CQ. Uma resolução espacial constante garante um desempenho adequado do arranjo de detectores, da eletrônica de reconstrução e dos componentes mecânicos.
A resolução espacial é testada por meio do exame de um fio ou uma ponta para obter a função de propagação do ponto ou função resposta de borda, respectivamente. Essas funções são, então, transformadas matematicamente para obtenção da função de transferência de modulação (MTF).
Entretanto, determinar a MTF requer tempo e atenção consideráveis. A maioria dos profissionais de física médica considera aceitável a imagem de um padrão de barras ou de um padrão de buracos. A resolução espacial deve ser testada semestralmente e deve estar conforme as especificações do fabricante.
Resolução de Contraste – O CT sobressai como modalidade de exame devido á sua superior resolução de contraste. As especificações de desempenho de vários CT variam de fabricante e de modelo para modelo, dependendo do projeto do sistema. Todos os CT´s devem ter capacidade de produzir objetos de 5mm com 0,5% de contraste.A resolução de contraste deve ser testada de seis em seis meses. Ela pode ser realizada com qualquer número de objetos para testes de baixo contraste com sistemas analíticos internos que estão disponíveis para todos os CT´s.
Espessura de Corte – A espessura de corte (perfil de sensibilidade) é medida com a utilização de um objeto de teste especialmente desenvolvido que incorpora uma rampa, uma espiral ou uma cunha. Esse teste deve ser realizado semestralmente; a espessura de corte deve estar + ou – 1mm do valor de espessura de corte selecionado para espessuras de 5mm ou maiores. Para espessuras de corte menores que 5mm ou maiores. Para espessuras de corte menores que 5mm, a tolerância aceitável é de + ou – 0,5mm.
Velocidade da Mesa – Com o movimento automático do paciente através do gantry do CT, o paciente deve estar posicionado de modo preciso. Essa avaliação deve ser realizada mensalmente.
Durante o exame clínico com o paciente posicionado sobre a mesa, observe a posição da mesa no começo e no final do exame com a utilização de uma fita métrica e uma régua nos trilhos da mesa. Compare esses dados com o movimento da mesa selecionado. A tolerância é de + ou – 2mm.
Localizador por Laser – A maioria dos CT´s tem fontes (internas ou externas) de raios laser para posicionamento do paciente. A precisão desses lasers pode ser determinada com qualquer objeto de teste especialmente desenvolvido para esse fim. A precisão deve ser testada, no mínimo, de seis em seis meses; essa avaliação normalmente é realizada junto com os testes de velocidade da mesa.
Dose para o Paciente – Não há limites de dose recomendados para o paciente submetido a um exame de CT. Ainda assim, a dose varia consideravelmente com os parâmetros de varredura. Um exame de alta resolução requer maior dose.
Quando se utiliza uma mesma técnica, a dose para o paciente não deve variar mais de + ou – 10% de um teste para o outro. Esse teste deve ser realizado semestralmente ou sempre que o tubo de raios X for trocado.A dose para o paciente é especificada (CTDI, computed tomography dose índex) e pode ser monitorada com câmaras de ionização desenvolvidas especialmente para essa finalidade ou com dosímetros termoluminescentes.

24 de abr. de 2012

A Tomossíntese ou mamografia tomográfica


A Tomossíntese ou mamografia tomográfica digital é uma técnica de aquisição de múltiplas imagens da mama, obtidas de diferentes angulações do tubo de raios X, enquanto a mama permanece em posição constante. As imagens produzidas são reconstruídas em cortes finos de alta resolução que podem ser visualizados individualmente ou de um modo dinâmico.
Nesta técnica as imagens são adquiridas imagens em 3D do tecido mamário comprimido em diferentes planos  durante um curto tempo. Os cortes finos reconstruídos reduzem ou eliminam os problemas causados pelo tecido sobreposto e o ruído da estrutura anatômica que aparecem na imagem em 2D na mamografia digital.
A irradiação da mama é feita de tal forma que a dose de radiação resultante é igual às duas projeções obtidas para rastreamento em uma mesma mama. Devido à utilização de diferentes algoritmos de resolução, a mama pode ser visualizada em múltiplos planos  e em várias profundidades paralelas à superfície do detector.


Aquisição da imagem.


Projeções e reconstrução das imagens.


Imagem adquirida.


Vantagens da Tomossíntese em relação à Mamografia Digital:

Diminuição de erros;
- Aumento na detecção de neoplasias;
- Redução de dose;
- Maior precisão na localização de lesões;
- Rápido tempo de revisão;
- Menor quantidade de biópsias.



18 de abr. de 2012

Principio ALARA ou Principio de Otimização



ALARA
ALARA (As Low As Reasonably Achievable) é um acrônimo para a expressão “tão baixo quanto razoavelmente exequível”. Este é um princípio de segurança de radiação, com o objetivo de minimizar as doses a pacientes e trabalhadores e os lançamentos de resíduos de materiais radioativos empregando todos os métodos razoáveis.
Bases para ALARA
A filosofia atual de segurança da radiação é baseada no pressuposto conservador de que a dose de radiação e seus efeitos biológicos sobre os tecidos vivos são modelados por uma relação conhecida como “hipótese linear”. A afirmação é que cada dose de radiação de qualquer magnitude pode produzir algum nível de efeito prejudicial que pode se manifestar como um risco aumentado de mutações genéticas e câncer. O principio ALARA é usado como base para orientar todas as etapas do uso médico de radiação, os projetos de instalações dos equipamentos de irradiação e os procedimentos de proteção.
Implementação do programa ALARA
Um programa ALARA eficaz só é possível quando um compromisso com a segurança é feito por todos os envolvidos. As diretrizes e regulamentos não exigem apenas aderência aos limites de dose legal para o cumprimento regulamentar, mas também a investigação das doses que servem como pontos de alerta para o início de uma revisão do trabalho prático de um trabalhador de radiação.
Redução de Exposições de Radiação Externa
Os três princípios fundamentais para auxiliar na manutenção de doses ALARA são:
·         Tempo – minimizando o tempo de exposição direta, reduz-se a dose de radiação;
·         Distância – dobrando a distância entre o corpo e a fonte de radiação, a exposição à radiação será dividida por um fator quatro;
·         Blindagem – materiais de absorção utilizando plexiglas para as partículas beta e chumbo para raios X e raios gama são uma forma eficaz de reduzir a exposição à radiação.
Efeitos da Radiação, segundo a International Comission on Radiological Protection (ICRP 2266[1])
Os efeitos estocásticos dependem da dose e não têm limiar, levam à transformação celular, com alteração aleatória no DNA de células que continuam a reproduzir-se, a exemplo dos efeitos hereditários. Já os efeitos determinísticos têm limiar de dose; a severidade do dano aumenta com a dose, a exemplo da esterilidade (na faixa de 2,5 – 6 Gy).
Dose Efetiva
A dose efetiva (E) é a relação entre a probabilidade de efeitos estocásticos e o equivalente de dose. Depende também do tecido irradiado. É necessário definir a nova grandeza, derivada do equivalente de dose, para indicar a combinação de doses diferentes para diversos tecidos, de tal modo que fique bem relacionada com os efeitos estocásticos devido a todos os órgãos. Já em 1977, a ICRP introduziu o conceito de “equivalente de dose efetiva” como uma dose média ponderada por fatores de peso derivados do risco de morte para trabalhadores causados por câncer nos órgãos irradiados. A dose efetiva é estimada pela seguinte equação:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2cxNpXs7Y33pxbds3OBnfia3VFpvKcw-CjGr1_qNH8PgMgxcwew_K2xXR8c0_XlHxhRPmJsZKfM6R8N25KR9tevAStnOmrWgb8iuJkEJq27Why4nXzWopOlngeittfT1LLyoTAS78fahc/s320/latex2png_2.png


wT - é o fator de ponderação do tecido T;
HT – é o equivalente de dose a ele atribuído;
∑ wT = 1 (de acordo com o ICRP 103, 2008[2]).
O limite de dose efetiva do trabalhador é 20 mSv/ano; já o limite para o público é de 1mSv/ano (em casos especiais, pode ser usado um limite maior sem ultrapassar 1mSv/ano). Em circunstâncias especiais, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) poderá autorizar um valor de Dose Efetiva de até 5 mSv em um ano, desde que a Dose Efetiva média em um período de 5 anos consecutivos, não exceda a 1mSv por ano.
Como são os limites de doses anuais ocupacionais relacionados com o conceito ALARA?
Os limites de dose anuais de trabalho foram derivados de um estudo sobre os efeitos biológicos de radiação observados nos seres humanos e animais durante o século 20. Os limites máximos são promulgados de acordo com o quanto o trabalhador deverá ser exposto à radiação a ser aplicada e se isso resulta em um nível de exposição seguro.
Limites máximos de dose anual ocupacional:
De corpo inteiro ... ... ... ... ... ... ... ... 0,05 Sv
Extremidades ... ... ... ... ... ... ... .... 0,5 Sv
Cristalino ... ... ... ... ... ............... .. 0,15 Sv
Os indivíduos do Público em Geral ... 0,001 Sv
O conceito ALARA impõe menor limite de dose ocupacional, que é ainda mais restritivo do que o limite máximo de dose legal da tabela acima. Isso garante um fator de segurança reforçada para os já considerados níveis seguros de doses anuais para os trabalhadores contra a radiação. Os limites de dose de radiação têm como objetivo impedir os efeitos determinísticos e limitar efeitos probabilísticos. Os limites primários anuais de Equivalente de Dose são estipulados pelas Diretrizes Básicas de Radioproteção da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), (NN 3.01) [3].
Níveis de risco, segundo a CNEN – ( Posição Regulatória 3.01/004[3]):
- Nível de registro (0,2 mSv/mês para Dose Efetiva), aplicado no programa de monitoração individual;
- Nível de investigação (para Dose Efetiva 6 mSv/ano ou 1 mSv/qualquer mês), valor acima do qual justifica-se investigação relativa a um determinado evento;
- Nível de intervenção (1,6 mSv/mês para dose efetiva), interfere na cadeia normal de responsabilidades com o afastamento do profissional para a investigação. Cada caso deve ser analisado cuidadosamente.
O que acontece se um trabalhador ultrapassar a dose ALARA de investigação?
Se a dosimetria de radiação de um trabalhador indicar que um nível de investigação tenha sido excedido, é enviada uma notificação para o trabalhador e as suas doses passam a ser monitoradas de perto durante o restante do ano civil; deve-se, então, discutir os métodos de trabalho para limitar a dose potencial.
ALARA e os cuidados com a trabalhadora grávida
1- Recomenda-se um máximo de 1mSv na superfície do abdômen da mulher durante toda a gravidez (CNEN NN 3.01[3] ítem 2.4.22);
2- Toda trabalhadora gestante deve ser afastada das áreas controladas (MT NR 32 item 32.6.3[4]).

15 de abr. de 2012

O que é gradil costal?

Gradil costal é a denominação dada a todo o conjunto de ossos da região do tórax (costelas, osso esterno, vértebras), bem como às suas articulações, as quais realizam movimentos que levam às variações de todo o arcabouço e, consequentemente, às mudanças de volume que garantem a entrada e saída de ar dos pulmões nos movimentos respiratórios. O gradil costal forma uma estrutura como uma 'gaiola', dentro da qual se encontram protegidos os pulmões e o coração.