24 de abr. de 2012

A Tomossíntese ou mamografia tomográfica


A Tomossíntese ou mamografia tomográfica digital é uma técnica de aquisição de múltiplas imagens da mama, obtidas de diferentes angulações do tubo de raios X, enquanto a mama permanece em posição constante. As imagens produzidas são reconstruídas em cortes finos de alta resolução que podem ser visualizados individualmente ou de um modo dinâmico.
Nesta técnica as imagens são adquiridas imagens em 3D do tecido mamário comprimido em diferentes planos  durante um curto tempo. Os cortes finos reconstruídos reduzem ou eliminam os problemas causados pelo tecido sobreposto e o ruído da estrutura anatômica que aparecem na imagem em 2D na mamografia digital.
A irradiação da mama é feita de tal forma que a dose de radiação resultante é igual às duas projeções obtidas para rastreamento em uma mesma mama. Devido à utilização de diferentes algoritmos de resolução, a mama pode ser visualizada em múltiplos planos  e em várias profundidades paralelas à superfície do detector.


Aquisição da imagem.


Projeções e reconstrução das imagens.


Imagem adquirida.


Vantagens da Tomossíntese em relação à Mamografia Digital:

Diminuição de erros;
- Aumento na detecção de neoplasias;
- Redução de dose;
- Maior precisão na localização de lesões;
- Rápido tempo de revisão;
- Menor quantidade de biópsias.



18 de abr. de 2012

Principio ALARA ou Principio de Otimização



ALARA
ALARA (As Low As Reasonably Achievable) é um acrônimo para a expressão “tão baixo quanto razoavelmente exequível”. Este é um princípio de segurança de radiação, com o objetivo de minimizar as doses a pacientes e trabalhadores e os lançamentos de resíduos de materiais radioativos empregando todos os métodos razoáveis.
Bases para ALARA
A filosofia atual de segurança da radiação é baseada no pressuposto conservador de que a dose de radiação e seus efeitos biológicos sobre os tecidos vivos são modelados por uma relação conhecida como “hipótese linear”. A afirmação é que cada dose de radiação de qualquer magnitude pode produzir algum nível de efeito prejudicial que pode se manifestar como um risco aumentado de mutações genéticas e câncer. O principio ALARA é usado como base para orientar todas as etapas do uso médico de radiação, os projetos de instalações dos equipamentos de irradiação e os procedimentos de proteção.
Implementação do programa ALARA
Um programa ALARA eficaz só é possível quando um compromisso com a segurança é feito por todos os envolvidos. As diretrizes e regulamentos não exigem apenas aderência aos limites de dose legal para o cumprimento regulamentar, mas também a investigação das doses que servem como pontos de alerta para o início de uma revisão do trabalho prático de um trabalhador de radiação.
Redução de Exposições de Radiação Externa
Os três princípios fundamentais para auxiliar na manutenção de doses ALARA são:
·         Tempo – minimizando o tempo de exposição direta, reduz-se a dose de radiação;
·         Distância – dobrando a distância entre o corpo e a fonte de radiação, a exposição à radiação será dividida por um fator quatro;
·         Blindagem – materiais de absorção utilizando plexiglas para as partículas beta e chumbo para raios X e raios gama são uma forma eficaz de reduzir a exposição à radiação.
Efeitos da Radiação, segundo a International Comission on Radiological Protection (ICRP 2266[1])
Os efeitos estocásticos dependem da dose e não têm limiar, levam à transformação celular, com alteração aleatória no DNA de células que continuam a reproduzir-se, a exemplo dos efeitos hereditários. Já os efeitos determinísticos têm limiar de dose; a severidade do dano aumenta com a dose, a exemplo da esterilidade (na faixa de 2,5 – 6 Gy).
Dose Efetiva
A dose efetiva (E) é a relação entre a probabilidade de efeitos estocásticos e o equivalente de dose. Depende também do tecido irradiado. É necessário definir a nova grandeza, derivada do equivalente de dose, para indicar a combinação de doses diferentes para diversos tecidos, de tal modo que fique bem relacionada com os efeitos estocásticos devido a todos os órgãos. Já em 1977, a ICRP introduziu o conceito de “equivalente de dose efetiva” como uma dose média ponderada por fatores de peso derivados do risco de morte para trabalhadores causados por câncer nos órgãos irradiados. A dose efetiva é estimada pela seguinte equação:
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wT - é o fator de ponderação do tecido T;
HT – é o equivalente de dose a ele atribuído;
∑ wT = 1 (de acordo com o ICRP 103, 2008[2]).
O limite de dose efetiva do trabalhador é 20 mSv/ano; já o limite para o público é de 1mSv/ano (em casos especiais, pode ser usado um limite maior sem ultrapassar 1mSv/ano). Em circunstâncias especiais, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) poderá autorizar um valor de Dose Efetiva de até 5 mSv em um ano, desde que a Dose Efetiva média em um período de 5 anos consecutivos, não exceda a 1mSv por ano.
Como são os limites de doses anuais ocupacionais relacionados com o conceito ALARA?
Os limites de dose anuais de trabalho foram derivados de um estudo sobre os efeitos biológicos de radiação observados nos seres humanos e animais durante o século 20. Os limites máximos são promulgados de acordo com o quanto o trabalhador deverá ser exposto à radiação a ser aplicada e se isso resulta em um nível de exposição seguro.
Limites máximos de dose anual ocupacional:
De corpo inteiro ... ... ... ... ... ... ... ... 0,05 Sv
Extremidades ... ... ... ... ... ... ... .... 0,5 Sv
Cristalino ... ... ... ... ... ............... .. 0,15 Sv
Os indivíduos do Público em Geral ... 0,001 Sv
O conceito ALARA impõe menor limite de dose ocupacional, que é ainda mais restritivo do que o limite máximo de dose legal da tabela acima. Isso garante um fator de segurança reforçada para os já considerados níveis seguros de doses anuais para os trabalhadores contra a radiação. Os limites de dose de radiação têm como objetivo impedir os efeitos determinísticos e limitar efeitos probabilísticos. Os limites primários anuais de Equivalente de Dose são estipulados pelas Diretrizes Básicas de Radioproteção da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), (NN 3.01) [3].
Níveis de risco, segundo a CNEN – ( Posição Regulatória 3.01/004[3]):
- Nível de registro (0,2 mSv/mês para Dose Efetiva), aplicado no programa de monitoração individual;
- Nível de investigação (para Dose Efetiva 6 mSv/ano ou 1 mSv/qualquer mês), valor acima do qual justifica-se investigação relativa a um determinado evento;
- Nível de intervenção (1,6 mSv/mês para dose efetiva), interfere na cadeia normal de responsabilidades com o afastamento do profissional para a investigação. Cada caso deve ser analisado cuidadosamente.
O que acontece se um trabalhador ultrapassar a dose ALARA de investigação?
Se a dosimetria de radiação de um trabalhador indicar que um nível de investigação tenha sido excedido, é enviada uma notificação para o trabalhador e as suas doses passam a ser monitoradas de perto durante o restante do ano civil; deve-se, então, discutir os métodos de trabalho para limitar a dose potencial.
ALARA e os cuidados com a trabalhadora grávida
1- Recomenda-se um máximo de 1mSv na superfície do abdômen da mulher durante toda a gravidez (CNEN NN 3.01[3] ítem 2.4.22);
2- Toda trabalhadora gestante deve ser afastada das áreas controladas (MT NR 32 item 32.6.3[4]).

15 de abr. de 2012

O que é gradil costal?

Gradil costal é a denominação dada a todo o conjunto de ossos da região do tórax (costelas, osso esterno, vértebras), bem como às suas articulações, as quais realizam movimentos que levam às variações de todo o arcabouço e, consequentemente, às mudanças de volume que garantem a entrada e saída de ar dos pulmões nos movimentos respiratórios. O gradil costal forma uma estrutura como uma 'gaiola', dentro da qual se encontram protegidos os pulmões e o coração.