22 de out. de 2012

Controle De Qualidade em Tomografia Computadorizada

Os CT´s estão sujeitos a todas as dificuldades de desalinhamento, descalibração e funcionamento defeituoso dos equipamentos de raios X convencionais. Eles ainda têm as complexidades adicionais de um gantry com múltiplos movimentos, um console interativo e um computador associado. Cada um desses subsistemas aumenta o risco de flutuação e instabilidade, o que pode acarretar na degradação da qualidade da imagem. Conseqüentemente , um programa de controle de qualidade (CQ) é essencial para cada tomógrafo . Tal programa deve incluir monitorações diárias, semanais, mensais e anuais, além de programa de manunteções preventivas.
Ruído e Uniformidade - Um objeto preenchido com água deve ser examinado semanalmente; o valor médio para a água deve estar entre + ou - 10UH em torno do zero. Além disso, a uniformidade entre o centro e a periferia.
Praticamente todos os CT´s atingem essas especificações de desempenho. Se o sistema for utilizado em CT quantitativa, no entanto, especificações mais rigidas são mais apropriadas. Quando esses testes forem realizados, deve -se variar um ou mais dos seguintes fatores: parâmetros de varredura do CT, espessura do corte, diâmetro de recpnstrução ou algoritmo de reconstrução.








Kit de Controle de qualidade para Tomografia Computadorizada

Linearidade – Testa-se a linearidade com uma imagem do objeto de cinco pinos da AAPM. A análise dos valores dos cinco pinos deve mostrar uma relação linear entre a unidade de Hounsfield e a densidade eletrônica. O coeficiente de correlação dessa relação linear deve ser de, pelo menos, 0,96%, ou 2 vezes o desvio padrão.
Convém realizar esse teste semestralmente. É particularmente importante para os sistemas utilizados em CT quantitativa, que necessitam de determinação precisa do valor do tecido em unidades Hounsfield.
Resolução Espacial – Monitorar a resolução espacial é o componente mais importante desse programa de CQ. Uma resolução espacial constante garante um desempenho adequado do arranjo de detectores, da eletrônica de reconstrução e dos componentes mecânicos.
A resolução espacial é testada por meio do exame de um fio ou uma ponta para obter a função de propagação do ponto ou função resposta de borda, respectivamente. Essas funções são, então, transformadas matematicamente para obtenção da função de transferência de modulação (MTF).
Entretanto, determinar a MTF requer tempo e atenção consideráveis. A maioria dos profissionais de física médica considera aceitável a imagem de um padrão de barras ou de um padrão de buracos. A resolução espacial deve ser testada semestralmente e deve estar conforme as especificações do fabricante.
Resolução de Contraste – O CT sobressai como modalidade de exame devido á sua superior resolução de contraste. As especificações de desempenho de vários CT variam de fabricante e de modelo para modelo, dependendo do projeto do sistema. Todos os CT´s devem ter capacidade de produzir objetos de 5mm com 0,5% de contraste.A resolução de contraste deve ser testada de seis em seis meses. Ela pode ser realizada com qualquer número de objetos para testes de baixo contraste com sistemas analíticos internos que estão disponíveis para todos os CT´s.
Espessura de Corte – A espessura de corte (perfil de sensibilidade) é medida com a utilização de um objeto de teste especialmente desenvolvido que incorpora uma rampa, uma espiral ou uma cunha. Esse teste deve ser realizado semestralmente; a espessura de corte deve estar + ou – 1mm do valor de espessura de corte selecionado para espessuras de 5mm ou maiores. Para espessuras de corte menores que 5mm ou maiores. Para espessuras de corte menores que 5mm, a tolerância aceitável é de + ou – 0,5mm.
Velocidade da Mesa – Com o movimento automático do paciente através do gantry do CT, o paciente deve estar posicionado de modo preciso. Essa avaliação deve ser realizada mensalmente.
Durante o exame clínico com o paciente posicionado sobre a mesa, observe a posição da mesa no começo e no final do exame com a utilização de uma fita métrica e uma régua nos trilhos da mesa. Compare esses dados com o movimento da mesa selecionado. A tolerância é de + ou – 2mm.
Localizador por Laser – A maioria dos CT´s tem fontes (internas ou externas) de raios laser para posicionamento do paciente. A precisão desses lasers pode ser determinada com qualquer objeto de teste especialmente desenvolvido para esse fim. A precisão deve ser testada, no mínimo, de seis em seis meses; essa avaliação normalmente é realizada junto com os testes de velocidade da mesa.
Dose para o Paciente – Não há limites de dose recomendados para o paciente submetido a um exame de CT. Ainda assim, a dose varia consideravelmente com os parâmetros de varredura. Um exame de alta resolução requer maior dose.
Quando se utiliza uma mesma técnica, a dose para o paciente não deve variar mais de + ou – 10% de um teste para o outro. Esse teste deve ser realizado semestralmente ou sempre que o tubo de raios X for trocado.A dose para o paciente é especificada (CTDI, computed tomography dose índex) e pode ser monitorada com câmaras de ionização desenvolvidas especialmente para essa finalidade ou com dosímetros termoluminescentes.

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